sábado, 28 de novembro de 2009

ABACATEIRO

há treze semanas me perguntaram o porquê dos poemas terem saído das janelas e eu respondi que a chuva os molhou e que já não dava pra ler nada. há uma semana atrás eu saí em busca de um antigo desenho, com uma muscia velha que eu tomei como um poema meu. era um desenho feito a sete mãos, formava um ser estranho, com um olho gota e um piercing no septo. ele era colorido de pastel. mas não importa, às palavras restaram o que? ah, aquilo que eu escrevi a chuva molhou, o vento levou, a tinta pintou, acabou, cai e não fica nada. se ao menos eu tivesse me dado o trabalho de um registro mais apurado, tipo metrificações, autentificações e identificações explícitas é claro que tudo seria mais fácil, mas eu saí daqui enquanto os dedos se mechiam e fui para angola, congo, monjolo... subindo direto da minha espinha dorsal superior, tipo, enquanto eu digitava eu me via lá de cima, acenava, acendia um cigarro. minha mãos não pesavam mais do que o peso das minas pálpebras, tão pesadas e ardidas ultimamente. meu tronco parecia que tinha encurtado, ao mesmo tempo que meu pescoço alongado, aumentando o distanciamento da minha visão-olhos, se não tivesse eu agora adquirido um olho atrás de mim mesma, em um dos meus treinamentos da semana. mas eu não o utilizo. fricções, ficções e uma montanha de nadas. do que valem as idéias senão praquele prazer momentâneo, no instante em que elas nascem e ascendem as luzes, todas as luzes do seu campo de visão e de repende atingem aquele clímax de "é isso!" e tudo, por momentos, se une num inexplicável elo de sentido claro e límpido. depois se desfazem. as minhas são assim. impermanência como essa agora... uma idéia completamente circular... ultimamente eu não tenho feito nada além de riscar as idéias do meu cerebelo e de engolir potes de iogurtes de manga. amarelo das doenças.... naquele tom arnaldoantunesco de outra catiguria. eu não sei mais escrever, mais ter esperança, tão pouco visar alguma coisa a longo prazo.
começarei a plantar abacates.

domingo, 15 de novembro de 2009

tentando estabelecer a ponte

não nos deixe

cair em tentação

além!



NÃO PASSARÃO!!
junta fragmentária de pensamentos unidos à beira do desespero de dizer onde não há ouvidos nem bocas caladas apenas olhos famintos como quem ronca e não espera por nada senão pelo seguinte e sucessor que na espera não há depois alguma a não ser a própria busca incessante que nos leva aquém... e não além. os dizeres não ditos se amortecem para depois tomarem formas diferentes dissonantes desconsertantes desfalecidas à beira de uma convulsão vocabulímica de palavras à espreita do abismo que nos abraça no calor quente de uma facção de críticas julgamentos façanhas aranhas atônitas esperando o consentimento e tornando-se a si. o caralho! fui dezenove antes desse e a cada minuto meu ser se renova e torna-se mais de si até inchar explodir espalhar por aí a sua própria forma inicial e não evoluída. o caralho! quer-se qualquer sentimento a emanar livremente pairar sobre voar a visão turva esbranquiçada daqueles que aos poucos perdem a vista mas ampliam a visão para além de sua própria façanha experimental pretensiosa superior. o caralho! édens álcoois vícios analgezia acefalia narcolepsia paralisia do sono entorpecido... onde estou senão na própria nuvem? de marxismo homérico construído no limbo da realidade performática embromática linfática do orgânico então perdido em tum em tics em tacs em lápses. o caralho! a repetir todas as portas fechaduras cadeados asfaltos muros de berlins de amsterdã de são fransisco de istambul de piraporinha. divididos impossibilitados adversos roídos de infernal curiosidade fome desejo pulsação firme roer de unhas ranger de dentes de lentes de mundanças andanças falanças esperanças. é diferente:
o subjetivo não faz sentido se não trazido ao sub-objetivo.

(tom profético não!)

junkianos

SENSAÇÃO - IRRACIONA
SENTIMENTO - RACIONA
INTUIÇÃO - IRRACIONA
VONTADE - RACIONA


DISSOLUTO


mais um
só mais um
aí eu
paro.

fodam-se.

terça-feira, 10 de novembro de 2009


pântano voa verde

água salgada briza

vento solos dentes

carícia grito berro

sussego vazio tímido

ecos de arrepio

chão vegetal

sussuro

boca seca


olhos fechados e corpos contorcidos

olhos fixos e corpos distantes

o vento que soa da sua música

era o que via quando fechava meus olhos

junto aos seus


naquele sorriso longe


welcome, my sun, to the fucking machine's world.
where have u been?
its's alright we know where: u've been in the pipeline, filling in time!!!!

what did you dream?

it's alright we told you what to dream.

segunda-feira, 9 de novembro de 2009

Apenas parte ínfima

ninguém mais do que
uma função - ou parte de uma
performace total. a vida
passa e abre caminhos,
que são percorridos
e vão.
não se pode parar
"livremente" para representar
à beira do caminho, pois isso
atrasaria e transtornaria a viagem
dos átomos e a viagem conjunta. daí o
descontentamento, daí o desprezo
e a tristeza. todos nós
gostaríamos de ser a soma
e não um dos elementos numéricos.
as mudanças e a
luta nos deixam atônitos,
aterrorizados pelo fato de serem
constantes e reais, buscamos
a calma
e a "paz" porque
assim antecipamos a morte que
morremos a cada segundo.
os contrários se unem e não
descobrimos nada de
novo nem arrítmico.
voamos para buscar refúgio
na irracionalidade,
no mágico,
no anormal,
por medo da extraordinária
beleza do certo, material, dialético?
ação individual coletivizada,
coletiva individualizada,
mantendo o equilíbrio (i)lógico
de quem engole
e cospe,
esquecendo a beleza inatingível
saudável e forte -
se está doente dos olhos,
mal do ouvido,
assim se fica protegido?
alguém - algo - sempre nos
protege da verdade - nossa
ignorância e medo.
medo de tudo
fome de tudo
medo de saber que não somos
nada além de
vetores direção
contrução destruição.
está-se atento
sente a angústia de
esperar o minuto seguinte
e participar da complexa
corrente (obrigações) sem
saber que nos dirigimos
a nós mesmo,
ignorando o caráter
criativo da união
como se indivíduos somados
fossem somas de individualidades,
através de milhões de seres-pedras
de seres-aves
de seres-astros
de seres-micróbios
de seres-fontes de direção
de nós mesmos.
variedades de um
incapacidade de escapar ao dois - ao três -
ao etc - sempre -
regressar ao uno.
mas não à soma
(deus/Liberdade/amor)
não
somos ódio - amor - mãe -
filho - planta - terra -
luz - raio - etc.
sempre - mundo doador
de mundos.

Finalmente!
(minha primeira convicção é que eu não estou de acordo com tudo isso)
não vou mais resmungar aqui
eu gasto muito tempo da minha vida sendo feliz =)


cade os blogueiros????
eu tenho que esperar pra postar só em santos, isso me corrói.
orelha de aluguel? PAVOR. nunca esperei isso.




"com dez salsichas ou vc faz cachorro quente pra galera ou é sinal ta sem grana no fim do mês."
como bem lembrou a Pet.

domingo, 8 de novembro de 2009

Escatologia.

Nada mais precioso do que o riso
e o desprezo - Rir e soltar-se
é prova de força. Ser cruel
despreocupada mente.
A tragédia é o que "o homem" tem de
mais ridículo mas estou certa de que
os animais sofrem,
embora não exibam seus "sofrimentos"
em "teatros" abertos nem
"fechados" (seus lares).
e sua dor é mais real
do que qualquer imagem
que o homem possa
representar ou experimentar
como dolorosa. ____________

amor, amor, amor (mixórdem)

estou indo comigo. um minuto
ausente. venho te roubando
e saio chorando. é um engano.
nenhum desejo, exceto o de andar
até encontrar-se.
somos os mesmos que já fomos e seremos?
não contando com teu estúpido destino.
eu sempre quis que um esquecer
de palavras formará
o idioma exato para entender
os olhares de olhos fechados.
não existe distância.
existe apenas tempo.
quem dirá a existência.
gente rouca...

quarta-feira, 4 de novembro de 2009

Preciso de Trampo

Luiza Haddad Moreira Lima

Brasileira, solteira, 18 anos
Rua Galvão Bueno, .........
Liberdade - São Paulo – SP
Telefone: (13) ....perdi..../ E-mail: luhsfc@gmail.com




FORMAÇÃO



· Graduanda do curso de Ciências Sociais, da Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas da Universidade de São Paulo.



EXPERIÊNCIA PROFISSIONAL


· Experiência com recepção de eventos no porto de Santos-SP, organizados Secretaria de Eventos da Prefeitura Municipal de Santos.

. Participou da organização/staff do sétimo Curta Santos (incentivo à realizãção de curtas-metragens para cineastas de poucos recursos)

· Assistente de câmera do curta metragem Magma, gravado em São Paulo em Maio de 2009.

· Fotografou como modelo de biquíni.

· Foi atleta de voleibol da Confederação Brasileira de Vôlei e da Federação Paulista de Vôlei nos anos de 2004, 2006 e 2007, competindo pelo Clube Internacional de Regatas, representando a cidade de Santos.

. atleta de voleibol do Santos Futebol Clube em 2005.

. Vivência no caixa do bar Pôca Farinha, quando tive que lavar pratos por não pagar a conta devidamente.



QUALIFICAÇÕES E ATIVIDADES PROFISSIONAIS


· Inglês – Intermediário (compreende bem, escreve razoável, fala bem, lê bem).

· Espanhol – Intermediário (lê bem, compreende bem, escreve pouco, fala pouco).

. A apreender: Italiano, francês, norueguês, aramaico. e chinês. e russo.

· Experiência no exterior – Residiu na Cidade do Cabo, África do Sul, por dois meses, onde cursou inglês na LAU e depois viajou para perto de Moçambique.

· Habilidade para digitação, transcrição....

. Pretende cursar espanhol na Guatemala, em breve, nos planos desde 2007.

INFORMAÇÕES ADICIONAIS


· Premiado com o título de Aluno Destaque – Menção Honrosa (2003)

. Premiada como Atleta destaque duas vezes (Clube Internacional de Regatas, 2005 e Copa Geni Pardossi, no Guaru já, em 2006)

· Disponibilidade para mudança de cidade ou estado ou país ou bairro ou sistema.