segunda-feira, 9 de novembro de 2009

Apenas parte ínfima

ninguém mais do que
uma função - ou parte de uma
performace total. a vida
passa e abre caminhos,
que são percorridos
e vão.
não se pode parar
"livremente" para representar
à beira do caminho, pois isso
atrasaria e transtornaria a viagem
dos átomos e a viagem conjunta. daí o
descontentamento, daí o desprezo
e a tristeza. todos nós
gostaríamos de ser a soma
e não um dos elementos numéricos.
as mudanças e a
luta nos deixam atônitos,
aterrorizados pelo fato de serem
constantes e reais, buscamos
a calma
e a "paz" porque
assim antecipamos a morte que
morremos a cada segundo.
os contrários se unem e não
descobrimos nada de
novo nem arrítmico.
voamos para buscar refúgio
na irracionalidade,
no mágico,
no anormal,
por medo da extraordinária
beleza do certo, material, dialético?
ação individual coletivizada,
coletiva individualizada,
mantendo o equilíbrio (i)lógico
de quem engole
e cospe,
esquecendo a beleza inatingível
saudável e forte -
se está doente dos olhos,
mal do ouvido,
assim se fica protegido?
alguém - algo - sempre nos
protege da verdade - nossa
ignorância e medo.
medo de tudo
fome de tudo
medo de saber que não somos
nada além de
vetores direção
contrução destruição.
está-se atento
sente a angústia de
esperar o minuto seguinte
e participar da complexa
corrente (obrigações) sem
saber que nos dirigimos
a nós mesmo,
ignorando o caráter
criativo da união
como se indivíduos somados
fossem somas de individualidades,
através de milhões de seres-pedras
de seres-aves
de seres-astros
de seres-micróbios
de seres-fontes de direção
de nós mesmos.
variedades de um
incapacidade de escapar ao dois - ao três -
ao etc - sempre -
regressar ao uno.
mas não à soma
(deus/Liberdade/amor)
não
somos ódio - amor - mãe -
filho - planta - terra -
luz - raio - etc.
sempre - mundo doador
de mundos.

Finalmente!
(minha primeira convicção é que eu não estou de acordo com tudo isso)

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