segunda-feira, 21 de setembro de 2009

"did you exchange a walk on part in the war for a lead role in a cage?"




"você trocou teu lugar coadjuvante na guerra pelo papel principal em uma cela?"

domingo, 20 de setembro de 2009

uma poesia prática
é isso que eu desejo
sílabas rápidas, metalinguagem
tire disso alguma vantagem
parasitagem

de tanto
não poder dizer
meus olhos deram de falar.
(só resta você ouvir)
sabe quar que é o problema?
a luiza trancou verdadeiros príncipes em casarões enlamassados pensando colher amoras maduras. a luiza é tímida, a luiza é faladeira, a luiza é calada, a luiza é namoradeira. a luiza é atleta, a luiza desmaiou no carnaval, a luiza é antropóloga, a luiza é poeta, astronauta e cineasta sonora. a luiza se espititualizou em maputo, andou de elefante e acreditou caminhar sobre as nuvens do velho continente. a luiza comeu um insetinho no dia da parada gay, só porque ele comia sua castanheira preferida. a luiza passou dias salvando formiguinhas, passou horas as observando sobir pelas árvores. até que a morena dos olhos d'agua matou a formiguinha que andava pelo seio de luiza. a luiza adora as verdadeira espeluncas, a luiza é uma porca, a luiza é grossa, a luiza é um doce de pessoa. a luiza é forte, a luiza caiu, a luiza viu, a luiza não entende quando chamam ela por outro nome. a luiza aprendeu a reconhecer que não foi nada disso, a luiza come tabletes de chocolate e fuma feito um avestruz na cruz, gosta de ler jorge mautner no caminho pra aula que não existe, a luiza gosta de fumar maconha e bagunçar as idéias para ler pós-modernismo paranóiptico. a luiza era tranquila, quase pouco falava, lembrava de alguns sussurros quando de noite acordava. a luiza achou que a coisa nova na cara fosse mandinga e pedia ajuda pra são longuinho enquando batucava no samba da morte da bezerra, na casa do caralho. a luiza deu um soco na amiguinha quando tinha 11 anos, hoje, quase vinte, pra ser ridícula, não consegue acertar a voadora na cara de um marmanjo aí, enquanto sonha com a velha amiga de mesa de bar. a luiza mentia na íris dos outros, achou o romance baiano mais bonito, e lembrou dos olhos inteiramente pretos e chorou de medo, às onze e meia, voltando para casa na chuva, sozinha com a clementina. a luiza achou o coração abandonado pelo buddha uma tristeza, vibrou com a canalhice rosnando aos idiotas da objetividade: a luiza adora literatura anti-literária, a luiza é ridúla, escreveu 120 poemas e não entende nenhum deles. a luiza refletiu para a Torre de Babel na segunda pessoa do singular. a luiza quando descobriu que a subjetividade era mais enroladora que os problemas sociais ela passou a se afogar. a luiza quer mudar de vida, a luiza não se meche, a luiza tem uma barriga enorme que não a permite sair do sofá. a luiza do not be or tupi, cannot stay at home tonight cuz'the moonlight is ready to kill anyone, mothefucke. a luiza se perdeu no meio do deserto do arizona, foi resgatada por cães pastores e deixou a baía de guanabara encantada quando cantou Falsa Magra, do Mc Mascote, fazendo a conexão baixada-baixada, depois de umas tequilas luiza ficou mil grau e sonhou tocar flautinhas celestiais com seu amigo, erik, que toca harpa na casa de fundição de minas gerais, coração do brasil. a luiza prendeu a palhaça jubilada na cassamba do carro do Atobalá d'logã, às 13 horas da sex-ta feira treze, de dois mil cento e treze, no coração do maranhão. a luiza acariciou os longos cabelos pretos de um joão marmelão, a reencarnação de hermes trimegistro, que por sinal é tres vezes hermes, um grande legislador da terra das esfinges magnéticas. a luiza se internou num manicômio todo feito de grossas cortinas de veludo roxo, que permitiam-na a visão incognscível do papel da virilidade em nossas herméticas vidas futuras. a luiza comparou o cabelo cacheado daquela falta de vermelhidão ao poeta Glauco Mattoso, nosso maior expoente da podolatria no Brasil. a luiza casou com sganzerla depois da morte dele, seu noivo cadáver predileto nunca esquecera das belissimissimas pernas da ignez, linda e otima, vitima certeira do exu do corcovado ou do exu do raul. a luiza chorou quando o michael morreu e nao se despediu de sua clínica abandonada nos confins da idade da pedra, nos anos setenta antes de cristo, com seu figurino de sandálias peregrinas, vermelhas, brancas e pretas, vermelhas, brancas e pretas. a luiza descobriu que a causa disso tudo era seu ascendente em aquario, que junto com seu sol em áries formavam alguma coisa ainda não identificada, quem sabe um óvini vindo da boina daquele cachaceiro estranho e contador de histórias fúteis. a luiza descobriu que a bolacha passatempo é melhor que a fófis. a luiza acreditou em Cass quando ela enfiou o alfinete de vidro nas narinas, a luiza queria comer o Bukowski só que ele já morreu e ela sonhava em ser amiga do Álvares de Azevedo para acabar como problema do byronianismo brasileiro, a luiza sofre do mal do século e não consegue ler Goffman sem chorar incontrolavelmente. a luiza amaldiçoou a simbolização e perdeu-se nos danoninhos de maçã e nos cabelos cortados. a luiza sente falta dos negros cabelos enrorrendo-lhe a face. luiza viu a marca de poder, gata. a luiza olhou bem fundo naqueles olhos e se assustou depois de cair dentro do cachimbo do saci pererê. a luiza nunca entendeu o porquê da dualidade do menino magrelo. a luiza quase mandou uma à merda e partiu pra porrada mas achou melhor acender um cachimbo de ópio junto ao casal rimbaudverlaine, enquando tomou absinto na porta da givclub, pensando estar sob o cogumelo da fiction, africa, i like your style, the song so fucking hot n people r so fucking crazy n die there, hardera, ela se surpreendeu pelo cara com a blusa de polvo e nunca mais parou de escrever, a luiza está escrevendo há tantos dias que pensou ser essa a origem do problema. essa menina não fala nada,o que há com ela?
tudo dança
hospedado numa
casa em mudança.

uma mulher que falou na língua das borboletas

ainda amanhecia e eu lembrava da menina que falava a língua das borboletas. ela batia seu anel na mesa, abriam-se universos diante daquele soar mais grave que o de suas unhas, amigas cósmicas, que quando atritadas soltavam um perfume noturno, que só se abria na noite, no escuro ou na ausência do feixe de luz, meu amigo de antigos amores, daqueles que saem por entre as nuvens e provocam encontros casuais do estilo "eu faria tudo para vê-lo de novo diante daquele alvorecer". e a gente andava sozinhas, na solitária companhia uma da outra, nos dando tão bem como convém ao deus e ao poeta. a gente lembrava daquele filme de início de partida, a gente sonhava, a gente cantava, na verdade eu pouco me lembrava, não sei com o que preencheram meus lápsos derradeiros de uma memória esquecida. eu o pintaria de amarelo, mas acho que meu antigo cigano de aguns poucos anos atrás jogou preto neles e assim o transformou em um quadro ridículo, digno de um porão, de um calabouço ou de um cala a boca enorme, do tamanho da enamorada butanesa que eu achei naquelas imagens esbranquiçadas de um dia atrás. e era assim: ela adormecia sem perceber, fechava os olhos de maneira triste, abaixava a cabeça e deixava seus cabelos oleosos o tomarem a cara. e escondia-se. até o dia que eu recostei meus dedos em seu queixo, levantei seu rosto e vi seus olhos. choravam silenciosos. depois acordavam afoitos, gosto muito de você leãozinho, rodopiavam e recortavam coisas por aí, sem parar pra pensar muito. depois se arrependia e chorava ao mesmo instante em que salivava. ela me faz uma falta enorme. com ela eu aprendi que quando se enfia no meio do mato, a flor morre e a gente se perde. depois daquela noite eu voltei e me atirei na cama, de bruços. recebi um bilhete estranho, que me envergonhou, ainda mais por saber do pecado em dose dupla. e é polícia ainda. e conseguia me atingir, falando a língua das borboletas, em antigos blocos de pedra. é, que nem moisés. quando eu acordei daquilo, eu caí no pesadelo? ou será que eu acordei do sonho? será que tornei a me torturar? sabe de uma coisa? os dedos que batem, a velha carne fria que não digita nada, hoje apodrece amarelada.
um amarelo manga pra nossa primeira noite de amor.

aliás, se eu pudesse voltar pras primeiras noites de amor, eu não mudaria nada. eu viveria elas novamente, quantas vezes fosse preciso, pra lembrar daquele gosto novo. cuja única definição não faria a menos diferença. e não importa o nome deles. pra mim A, pra você B, é tudo questão de metaforazinhas, não? não! pouco me importam as definições. "Se soubéssemos, não falaríamos nem tampouco pensaríamos", mas depois de mordida, essa gente vai até o talo e a gente se enrosca.



“A verdade e a mentira. (...) ansiosos de saber, felizes demais por ignorar, procuramos, no que é um remédio ao que não é; e no que não é, um alivio para o que é. Ora o real, ora a ilusão nos recolhe; e a alma em definitivo, não tem outros meios exceto o verdadeiro, que é sua arma – e a mentira sua armadura...”
Paul Valéry

sábado, 19 de setembro de 2009

Eu quero ler meu nome estampado na bandeira municipal:
JOAQUIM GREGÓRIO DA SILVA MATOS GUERRA
soando por aí!

eu tenho inveja do poeta baiano
tantos antes de qualquer
familinha real
mentirinha do mal
já metia a boca no inferno
já era nosso poeta maldito
nosso maldizente querido
gregorio de matos guerra!
aqui está, meu querido
minha eterna paixão
pela sua habilidade vocabulímica e
colérica.

eu sonho com os malditos, sempre desejei os assombrosos:
JOAQUIM GREGÓRIO DA SILVA MATOS GUERRA NETO
vai ser o nome do meu neto!
espalharei por gerações
meus devaneios quinhentistas
incompreensíveis, indomáveis, amáveis, sombrios
tesos! tesos!

"Quem quer, só do querer faça vaidade,
Que quem logra em amor entendimento,
Não tem outro capricho, que a vontade."

o Mim do Eu se perdeu!

Eu não tenho identidade com o que escrito antes. Eu me perdi nos significados que brotaram de Mim. Eu me afoguei nos conceitos que transbordaram Comigo. Eu leio e não me entendo. Eu me leio e não sei quem escreveu, eu leio e não sei quem me escreveu. Eu ouço e digo que não entendeu. Eu escrevo e não sei quem disse. Eu afirmo e ainda não sei porquê interrogo. Eu não nasci pra definir. Eu nasci para traçar. Eu ainda não nasci. Eu ainda não morri. Eu ainda pensei em florir. Eu ainda queria voar. Eu ainda queria parar de acreditar. Eu queria pôr fogo nos incrédulos. Eu queria arder com os mentirosos, beijar os sinceros de olhar. Eu já estive adiantadamente à frente. Eu me ultrapassei. Hoje Eu tropeço em Mim. Hoje Eu me prendi às passadas. abri os passos. Eu nunca me vivi. Eu vivi em outras. Eu nunca me vi. Eu nunca me talhei. Eu nunca me assustei Comigo, porque Eu nunca estive ali. Eu sempre fui embora, Eu sempre vivi como quem chega de pára-quedas. minha curiosidade fugiu de Mim. minha curiosidade me passou, me mordeu. minha curiosidade sempre me pulsou, me fodeu. mas com ela foi que sempre vivi, a gente nunca se separou. hoje Eu cuspi ela no meio da Alvarenga. ela rodopiou e atingiu alguém. Eu fiquei na calçada com um pouco de pinga com mel. Eu vi ela ir embora, ela riu pra Mim. riu de Mim. Eu fechei os olhos e esqueci. eu pressenti, vivi, segui, revivi, desvivi e perdi. me perdi. me perdi de Mim. nunca liguei pra Mim. Mim sempre esteve cá e Eu lá. lá não sei onde!

"Eu nunca fui livre na minha vida. Por dentro eu sempre me persegui. Tornei-me insuportável para mim mesma."

Gozar das leis

A ironia e o humor

Não se trataria apenas de duas perversões distintas, mas de duas lógicas completamente diferentes na constituição do objeto do desejo e na relação à lei moral. Essas duas lógicas são descritas por Deleuze por meio de uma associação que se mostrará plena de consequências. Ela consiste em afirmar que, no interior do sadismo, encontramos uma lógica que o associa à ironia, isso enquanto o masoquismo seria a encarnação mais evidente do humor. A princípio, essas associações podem parecer gratuitas.
No entanto, elas consistem em dizer que uma perversão não é simplesmente a descrição de alguma forma de desvio em relação a um padrão de conduta sexual socialmente partilhado. Ela é uma maneira de distorcer uma lei moral da qual o próprio perverso reconhece a existência. Neste sentido, Deleuze poderá dizer que, dada uma lei que reconhecemos, há duas maneiras de não a seguir.
A primeira é através da ironia. Deleuze pode afirmar isso por lembrar do conceito romântico de ironia, onde este aparece como uma posição na qual o sujeito sempre está para além de seus enunciados. Enunciar uma lei de maneira irônica significa mostrar que seu enunciador não está lá onde seu dizer aponta. Esse recurso a um lugar transcendente seria uma maneira de evidenciar que sigo um princípio para além da lei que enuncio.
Todo o esforço de Deleuze no livro será mostrar como a posição de Sade [escritor francês, 1740-1814] em relação à lei moral pode ser compreendida a partir desse esquema.
A segunda seria através do humor. O humor visaria torcer a lei por meio do aprofundamento de suas consequências.
Não colocamos nenhum princípio de significação para além da lei moral. Mas os efeitos da lei são invertidos devido à possibilidade de torções nas designações: “a mais estrita aplicação da lei tem o efeito oposto a este que normalmente esperávamos (por exemplo, os golpes de chicote, longe de punir ou prevenir uma ereção, a provocam, a asseguram)”. Isto é Deleuze falando de Sacher-Masoch, este mesmo Sacher-Masoch em quem o filósofo vê uma insolência por obsequiosidade, uma revolta por submissão.

A paródia do desejo

Essa maneira de torcer a lei fará Deleuze insistir em que só podemos compreender o masoquismo por meio de conceitos como a paródia. Mas, para além da descrição de uma perversão, Deleuze age como quem acredita que por meio do humor, da paródia, da passividade simulada, abre-se uma possibilidade de desdobrar a relação com o desejo, com a lei talvez mais próxima de nossa situação contemporânea. Só não esperávamos nos descobrir todos contemporâneos de Sacher-Masoch.

V. S.

rapidinhas

são desejos reprimidos que viraram pestilências.
são atos atrasados que viraram ironia.
bando de gente amargurada.
covardia?

roubar e não poder carregar...
PARANOIA, PARANOIA...
qual santo ficou pinel com raiva de São Paulo?

quinta-feira, 17 de setembro de 2009

TRANSFIGURAÇÃO

a gente não espera encontrar vastos mundos em blog.
a gente não espera decifrar ninguém virtualmente.
a gente tão pouco espera abrir a metáfora guardada, há anos...
o prazer não tá em ligá-lo ao autor (graças, temos tantos para desvincularmos de nós e de nosso uno-ego-centrismo): SE LIBERTE DA POESIA QUE TE ASSOLA.
o tá prazer tá ali, efemero, hostil, lúdico, cético.
passa em versos como quem passa em outros trilhos, para tantos, cada vez mais distantes.

prendê-los? então para que tê-los?
o prazer tá na dúvida clara,
na escuridão acesa:
me escreva!

por mais que você minta, por mais que você invente descaradamente, desesperadamente, por mais que pareça então uma fita quebrada, sem hora certa (qual a novidade?), por mais que as tuas metáforas e a dos teus me pareçam genialmente covardes:
eu não ligo - eu gosto.

Nasci de uma conversa engraçada entre Prosa e Verso.
Minha parteira foi a Palavra, na época do Cinema Silencioso.
minha palavra não é derramada, nem tão pouco armada
- minha palavra transborda: flore, murcha e morre.

(borbulhe o palavreado febril que guarda nos cadernos velhos)
aceite sua palavra fora de você. nade nela e continue sempre a nadar.
só não esqueça:

A PALAVRA SEMPRE FERIU.
(A MIM MAIS DO QUE VÁRIOS TAPAS NA CARA)


"ainda sim acredito ser possível reunirmo-nos em outro nível de vínculo..."

- mas é da dor que renasceu e deu a poucos uma esperança mínima.
não renuncie a Ela: nenhum pedaço do então ser vibrante,
errante, quente, sujo, livre, poente, carente, cadente..
pegue a senha e escreva você também.
UPS


os ratos fazem parte.
ironia maledita! sai de mim, aipim!
é pedra de gelo ao sol.



"Não vou buscar a esperança na linha do horizonte, nem saciar a sede do futuro da fonte do passado. nada espero e tudo quero. sou quem toca, quem dança, quem na orquestra desafina. quem delira sem ter febre só o par e o parceiro das verdades.
À desconfiança" um tiro certeiro.
espero que ela volte da onde saiu.

sem explicações, experiência.

domingo, 13 de setembro de 2009

anjo

anjo voltou
Jack Basquiat & Sally Mooroe
meu Drops de agosto setembro
março abril
abriu abri o abrioo

voltou do
minhocão metrô marechal
conheceu o caminho
e depois voou





era então:
"fala"

RAÍZES - DOIS NUS NUM BOSQUE




olhar fervoroso
adora um solo pantanoso
abundantes vegetações
grandes plantações

só tem um problema:
esqueceram de me contar
que quando tudo se passar
nada mais vai nos restar.

"não por ser exótico
mas pelo fato de poder tê-lo sempre em estado oculto
quando terá sido o óbvio"

sábado, 12 de setembro de 2009

Liberdade é bairro mas é como o japão fosse!

with a little help from ma frends comece observando a lua e suas crateras distantes. depois você passa um pouco de gel no cabelo e espera chover. vc pode fazer chover também, caso queira, pouco aconselhável eu diria, mas conselho não serve pra quasenada, a não ser que venha de algum ancião chinês. quando estiver chovendo basante, mas bastante mesmo, de enxarcar o nariz e derreter o gel do cabelo você começa a massagear seu próprio céu da boca. depois coloque dead can dance no repeat. eu disse no repeat! agora pare e reflita: passe a ouvir os materialistas dialéticos insistentemente, até dizer chega. quando você estiver cansado de tanta Terra, de tanta tese, antitese, conclusão, ciênciamalditacarnedosincomíveis, passe a ouvir os misticamente (in)coerentes, se afaste um pouco dessa materialidade coesa e ordeira, anarcocromatize-se!
I've seen the eyes of living dead, i'm telling you ma only frend, the end.

quando você achar que já se elevou o bastante para olhar tua cara no espelho e achar teus olhos fe-no-me-nais, você ouve um jazz de coltrane, eu disse col-tra-ne, mas pode ser charlie parker, e tome uns whiskys para comemorar tamanha evolução humana. compondo então mapas e, ao invés de signos, traços.
depois estufe a barriga até o
aaaaaalto
que tudo que soooobe

d
e
e
e
s
c
e

e a força vai vem tchum êta sobe e desce!

depois durma em paz
pedidos ou preces viram cera quente
lembre-se do seu estômago,
dos seus pés



e esqueça.

quinta-feira, 10 de setembro de 2009



hoje é tempo de amor
hoje é tempo de dor
em mim

di novo

são estes teus
mosaicos quebrantos
que me atiçam ainda mais
a fome de ti.
essa tua
erupção palavrônica que
brota em ti ou de
noites insones.
esse ser inquieto e plutônico
de dizeres apressados
são os que salvam da solidão
vastical.
minha querida!
quanto tempo fazia
desde então
quantos mares secos
matos pretos
dizia-se então

primeiramente:
o vermelho que brota de ti é que vejo quando fecho os olhos.
quão tristes
ditas sem
antes
sentido
algum

quão vagas
ditas entre
cortejo
nenhum

quão tímidas
vistas por
ser
nenhum

qualquer forma antes renomada trans figura em plasticidade abstênica. pare por favor. e agora, josé?
era claro que eu ja conhecia esses trilhos. ja passeei por eles anteriormente, de olhos fechados e maos equilibrando um pouco o corpo cadente. seria interessante se nao precissasse deles, não? quem sabe um dia ainda atinja esse tu ápice fenomenal entre corpos polidos e despedaças então? curiosidade fraterna não? como tudo que me lembra você, tuas idéias desordenadas feito tua lábia perspicaz e ruidosa. que sai pingando por ai, feito favos de méis. nada disso. feito gotas de orvalho? hahaha feito pingo de sangue, pinga do bangue. mas nada disso importa a, vou abrir a porta a. pra? não disse que queria definições. feito essas tuas cidades virtuais, feito essas tuas voltas tropicais. pão seco todo dia, tropical melancolia, feito aquelas poesias de um dia ensolarado e animado, em frente ao carro de som: mininu, deixa o pessoal da letras mostrá esses negócio deles aqui? é interessante, menos mal, masmo mau, velho sufoco caridoso ruidoso cadoso bondoso, que nem aquela velha poesia concreta? que tu guarda e de vez enquando abre os olhos e espia algo por aí, de olhos ainda cerrados e palavras duvidosas, me perguntando o que acho então desse tipo de possessão: DAHORACARA.

sozinho é ridículo,
a gente não pode fazer nada.

e eu amo o rogério.