sábado, 24 de janeiro de 2009

Sentidos




fluxos envolvem, atenção dilui, fundem-se movimento, cor e som.
presa já não estou, em presa converti, em pressa abrangi.
velocidade desgovernada e freio parece esquivar.
para onde vão?

direção desconhecida, dúvida alarmada.
pêlos eriçados e olhos envergonhados.
o ouvido aguçado a procurar ruídos familiares e nada encontrar.
para onde vai?


placas seguem a apontar caminhos, mas são alheios.
o volante segue à mão estranha e o coração dispara.
olhar espanta, boca entreabre.
o vento que conduz cega.
para onde vou?

Nenhum comentário:

Postar um comentário